O meu sótão está cheio de lembranças, de alegrias, de melancolia e de desarrumação. Por outras palavras, o meu sótão está cheio de tralha! Desde que me casei, em 2008, que fui encafuando coisas no sótão. Coisas – importantes para mim – e coisinhas… Tudo começou com o díficil desapego das coisas da minha vida anterior, cheia de papéis, apontamentos, livros e memórias de uma liberdade que não volta – a de estudante. Depois o arrecadar de coisas que não tinham lugar no meu novo lar, mas que não podiam ser deitadas fora, porque “qualquer dia pode dar jeito”. Mas o meu sótão, não é inerte. Porque, ir ao meu sótão, é sempre uma “caça ao tesouro”. É lá que guardo a roupa que me deixou de servir quando engravidei da M., mas que agora já me assenta – ou roupa que fica eternamente à espera de me servir. Levei para lá os meus livros que estavam a encher a casa, brinquedos que estão à espera da nova dona. Depois há os arrumos sazonais: Árvore de Natal e enfeites, mantas e tapetes, malas